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escatológica

terça-feira, 31 de agosto de 2010.

Os cristãos evangélicos, no bojo de suas doutrinas, acreditam na vida após a morte, na Segunda Vinda de Cristo, na ressurrei­ção dos mortos, no Juízo Final, no estabe­lecimento de um Novo Céu e uma Nova Terra. Concordam que a Palavra de Deus é a sua única regra de fé e prática. No entan­to, a despeito de acreditarem nessas doutri­nas, há divergências com relação à forma como tais doutrinas se cumprirão. Em ra­zão disso, há três escolas teológicas de in­terpretação escatológica entre os evangéli­cos: a amilenista, a pós-milenista e a pré-­milenista.

A Escola Amilenista sugere que a Bíblia não faz distinção cronológica entre a Se­gunda Vinda de Cristo, o Arrebatamento da Igreja e a participação do crente no Novo Céu e na Nova Terra; que haverá apenas uma ressurreição geral dos crentes e dos in­crédulos, a qual ocorrerá durante a Segun­da Vinda; que o Juízo Final será para todos os povos; que a Tribulação é algo que ex­perimentamos na presente era; que o milê­nio referido em Apocalipse 20 não se trata de um milênio literal, pois o Reino de Deus, inaugurado visivelmente com a Primeira Vinda de Cristo à Terra, continua espiritu­almente presente, embora invisível, e será consumado com a Segunda Vinda visível de Cristo, o Rei da Glória; que entramos neste Reino pela fé, conforme João 3; e que a Bíblia não faz distinção entre a Igreja no Antigo Testamento (Israel) e a Igreja do Novo Testamento ("o novo Israel", consti­tuída de circuncisos e incircuncisos).

A Escola Pós-Milenista ensina que a Se­gunda Vinda ocorrerá após o Milênio, o qual não será literal, e a era presente se mistura­rá com o Milênio de acordo com o progres­so do Evangelho no mundo. Esta escola acompanha a mesma linha de interpretação da amilenista, no que concerne à Ressur­reição, ao Juízo Final, à Grande Tribulação e à posição sobre Israel e a Igreja.

A Escola Pré-Milenista divide-se em dois grupos distintos: os pré-milenistas his­tóricos e os pré-milenistas dispensa­cionalistas. Os históricos crêem que a Se­gunda Vinda de Cristo para reinar nesta Terra e o Arrebatamento da Igreja aconte­cerão simultaneamente; que haverá a res­surreição dos salvos no início do Milênio, chamada a Primeira Ressurreição, e a res­surreição dos incrédulos ocorrerá no final do Milênio; que o Milênio é tanto presente como futuro - no presente, Cristo reina nos Céus e, no futuro, reinará na Terra, muito embora não considerem o período da Gran­de Tribulação e façam certa distinção entre Israel e a Igreja, enquanto "Israel espiritual".

Os pré-milenistas dispensacionalistas ensinam que a Segunda Vinda acontecerá em duas fases distintas: na primeira, Cristo se encontrará com a Igreja nos ares e leva­rá os salvos para participar das Bodas do Cordeiro nas regiões celestiais; na segun­da, após sete anos de Tribulação na Terra sem a presença da Igreja, Cristo regressará com ela para reinar neste mundo por mil anos. Eles fazem distinção entre a ressur­reição para a Igreja, na ocasião do Arreba­tamento; a ressurreição para aqueles que virão a crer durante a Grande Tribulação de sete anos (ressurreição esta que ocorre­rá na segunda fase da Segunda Vinda de Jesus, no final da Grande Tribulação); e a ressurreição dos incrédulos no final do Mi­lênio. Distinguem também o julgamento dos crentes após o Arrebatamento (Tribu­nal de Cristo), o julgamento dos judeus e gentios convertidos no final da Grande Tri­bulação (Julgamento das Nações) e o jul­gamento dos incrédulos no final do Milê­nio (Juízo Final ou Juízo do Grande Trono Branco).

Para os dispensacionalistas, o período de sete anos da Grande Tribulação será li­teral, mas a Igreja será arrebatada antes dessa tribulação. O Milênio será inaugura­do e estabelecido com a Segunda Vinda de Jesus (na segunda fase), após a Grande Tribulação, e durará literalmente mil anos. Para estes, há distinção entre Israel e a Igreja.

Das três concepções escatológicas aci­ma descritas, a que mais se harmoniza com a exegese bíblica é a da Escola Pré-­Milenista Dispensacionalista. É a posição mais condizente com os ensinamentos dos profetas, de Jesus e dos apóstolos. A De­claração de Fé das ADs no Brasil, em seus itens de 11 a 14, norteia sua concepção escatológica na perspectiva da Escola Pré-­Milenista Dispensacionalista. A Declaração de Verdades Fundamentais aprovada pelo Concílio Geral das ADs nos EUA, de 2 a 7 de outubro de 1916, também acompanha a mesma perspectiva escatológica em seus itens de 14 a 17.

Na contra-capa do livro Manual de Dou­trina das Assembléias de Deus no Brasil (CPAD), elaborado pelo Conselho de Dou­trina da CGADB, lê-se a advertência: "As doutrinas fundamentais nunca foram tão atacadas como agora. Modismos revesti­dos de misticismo e superstição têm inves­tido contra a Igreja com a impetuosidade de uma tormenta. São ventos de doutrina, mas eles estão conseguindo arrancar do coração dos crentes o que deveriam ser sólidas convicções. E por que essas con­vicções se tornaram tão frágeis? Porque nossos crentes - e até alguns líderes – se acostumaram a escutar e a reproduzir tudo o que lhes chega aos ouvidos como Pala­vra de Deus sem confrontar o que estão ouvindo com o texto sagrado. Assim, a sua fé enfraquece e as nossas igrejas ficam ex­postas aos movimentos espúrios, às teolo­gias deturpadas e às falsas revelações".

Todos que amam a Vinda do Senhor de­vem se voltar ao estudo sistemático da Pa­lavra de Deus, principalmente da Escatologia, a fim de não se descuidar acer­ca da verdade incontestável: Jesus breve virá (Mt 24.44-51). Maranata!

Postado por: Ademilson Braga

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Texto

No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
 
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