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Clarice Lispector

sábado, 18 de julho de 2009.




 


 


 

Clarice Lispector

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."


 



 

1920

- Clarice Lispector nasce em Tchetchelnik, na Ucrânia, no dia 10 de dezembro, tendo recebido o nome de Haia Lispector, terceira filha de Pinkouss e de Mania Lispector. Seu nascimento ocorre durante a viagem de emigração da família em direção à América.

1922

- Seu pai consegue, em Bucareste, um passaporte para toda a família no consulado da Rússia. Era fevereiro quando foram para a Alemanha e, no porto de Hamburgo, embarcam no navio "Cuyaba" com destino ao Brasil. Chegam a Maceió em março desse ano, sendo recebidos por Zaina, irmã de Mania, e seu marido e primo José Rabin, que viabilizara a entrada da biografada e de sua família no Brasil mediante uma "carta de chamada".  Por iniciativa de seu pai, à exceção de Tania — irmã, todos mudam de nome: o pai passa a se chamar Pedro; Mania, Marieta; Leia — irmã, Elisa; e Haia, em Clarice. Pedro passa a trabalhar com Rabin, já um próspero comerciante.

1925

- A família muda-se para Recife, Pernambuco, onde Pedro pretende construir uma nova vida. A doença de sua mãe, Marieta, que ficou paralítica, faz com que sua irmã Elisa se dedique a cuidar de todos e da casa.

1928

- Passa a freqüentar o Grupo Escolar João Barbalho, naquela cidade, onde aprende a ler. Durante sua infância a família passou por sérias crises financeiras.

 

1930

- Morre a mãe de Clarice no dia 21 de setembro. Nessa época, com nove anos, matricula-se no Collegio Hebreo-Idisch-Brasileiro, onde termina o terceiro ano primário. Estuda piano, hebraico e iídiche. Uma ida ao teatro a inspira e ela escreve "Pobre menina rica", peça em três atos, cujos originais foram perdidos.  Seu pai resolve adotar a nacionalidade brasileira.

1931

- Inscreve-se para o exame de admissão no Ginásio Pernambucano. Já escrevia suas historinhas, todas recusadas pelo Diário de Pernambuco, que àquela época dedicava uma página às composições infantis. Isso se devia ao fato de que, ao contrário das outras crianças, as histórias de Clarice não tinham enredo e fatos — apenas sensações. Convive com inúmeros primos e primas.

1932

- É aprovada no exame de admissão e, junto com sua irmã Tania e sua prima Bertha, ingressa no tradicional Ginásio Pernambucano, fundado em 1825. Passa a visitar a livraria do pai de uma amiga. Lê  "Reinações de Narizinho", de Monteiro Lobato, que pegou emprestado, já que não podia comprá-lo.

1933

- Seu pai prospera e mudam-se para casa própria, no mesmo bairro.

1934

- Pedro, pai de Clarice, em Dezembro desse ano, decide transferir-se para a cidade do Rio de Janeiro.

1935

- Viaja para o Rio, em companhia de sua irmã Tania e de seu pai, na terceira classe do vapor inglês "Highland Monarch". Vão morar numa casa alugada perto do Campo de São Cristóvão. Ainda nesse ano, mudam-se para uma casa na Tijuca, na rua Mariz e Barros. No colégio Sílvio Leite, na mesma rua de sua casa, cursa o quarta série ginasial. Lê romances adocicados, próprios para sua idade.

1936

- Termina o curso ginasial. Inicia-se na leitura de livros de autores nacionais e estrangeiros mais conhecidos, alugados em uma biblioteca de seu bairro. Conhece os trabalhos de Rachel de Queiroz, Machado de Assis, Eça de Queiroz, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Dostoiévski e Júlio Diniz.

1937

- Matricula-se no curso complementar (dois últimos anos do curso secundário) visando o ingresso na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro.

 

1938

- Transfere-se para o curso complementar do colégio Andrews, na praia de Botafogo. Às voltas com dificuldades financeiras, dá aulas particulares de  português e matemática. A relação professor/aluno seria um dos temas preferidos e recorrentes em toda a sua obra — desde o primeiro romance: Perto do Coração Selvagem. Ao mesmo tempo, aprende datilografia e faz inglês na Cultura Inglesa.

1939

- Inicia seus estudos na Faculdade Nacional de Direito. Faz traduções de textos científicos para revistas em um laboratório onde trabalha como secretária. Trabalha, também como secretária, em um escritório de advocacia.

1940

- Seu conto, Triunfo, é publicado em 25 de maio no semanário "Pan", de Tasso da Silveira. Em outubro desse ano, é publicado na revista "Vamos Ler!", editada por Raymundo Magalhães Júnior, o conto Eu e Jimmy. Esses trabalhos não fazem parte de nenhuma de suas coletâneas. Após a morte de seu pai, no dia 26 de agosto, a escritora — talvez motivada por esse acontecimento — escreve diversos contos: A fuga, História interrompida e O delírio. Esses contos serão publicados postumamente em A bela e a fera, de 1979. Passa a morar com a irmã Tania, já casada, no bairro do Catete. Consegue um emprego de tradutora no temido Departamento de Imprensa e Propaganda - DIP, dirigido por Lourival Fontes. Como não havia vaga para esse trabalho, Clarice ganha o lugar de redatora e repórter da Agência Nacional. Inicia-se, ai, sua carreira de jornalista. No novo emprego, convive com Antonio Callado, Francisco de Assis Barbosa, José Condé e, também, com Lúcio Cardoso, por quem nutre durante tempos uma paixão não correspondida: o escritor era homossexual. Com seu primeiro salário, entra numa livraria e compra "Bliss - Felicidade", de Katherine Mansfield, com tradução de Erico Verissimo, pois sentiu afinidade com a escritora neozelandesa.

1941

- Em 19 de janeiro, publica a reportagem "Onde se ensinará a ser feliz", no jornal "Diário do Povo", de Campinas (SP), sobra a inauguração de um lar para meninas carentes realizada pela primeira-dama Darcy Vargas. Além de textos jornalísticos, continua a publicar textos literários. Cursando o terceiro ano de direito, colabora com a revista dos estudantes de sua faculdade, "A Época", com os artigos Observações sobre o fundamento do direito de punir e Deve a mulher trabalhar? Passa a freqüentar o bar "Recreio", na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, ponto de encontro de autores como Lúcio Cardoso, Vinicius de Moraes, Rachel de Queiroz, Otávio de Faria, e muitos mais.

1942

- Começa a namorar com Maury Gurgel Valente, seu colega de faculdade. Com 22 anos de idade, recebe seu primeiro registro profissional, como redatora do jornal "A Noite". Lê Drummond, Cecília Meireles, Fernando Pessoa e Manuel Bandeira. Realiza cursos de antropologia brasileira e psicologia, na Casa do Estudante do Brasil. Nesse ano, escreve seu primeiro romance, Perto do coração selvagem.

 

1943

- Casa-se com o colega de faculdade Maury Gurgel Valente e termina o curso de Direito. Seu marido, por concurso, ingressa na carreira diplomática.

1944

- Muda-se para Belém do Pará (PA), acompanhando seu marido. Fica por lá apenas seis meses. Seu livro recebe críticas favoráveis de Guilherme Figueiredo, Breno Accioly, Dinah Silveira de Queiroz, Lauro Escorel, Lúcio Cardoso, Antonio Cândido e Ledo Ivo, entre outros. Álvaro Lins publica resenha com reparos ao livro mesmo antes de sua publicação, baseado na leitura dos originais. Qualifica o livro de "experiência incompleta". Há os que pretendem não compreender o romance, os que procuram influências — de Virgínia Wolf e James Joyce, quando ela nem os tinha lido — e ainda os que invocam o temperamento feminino. Nas palavras de Lauro Escorel, as características do romance revelam uma "personalidade de romancista verdadeiramente excepcional, pelos seus recursos técnicos e pela força da sua natureza inteligente e sensível." O casal volta ao Rio e, em 13/07/44, muda-se para Nápoles, em plena Segunda Guerra Mundial, onde o marido da escritora vai trabalhar. Já na saída do Brasil, Clarice mostra-se dividida entre a obrigação de acompanhar o marido e ter de deixar a família e os amigos. Quando chega à Itália, depois de um mês de viagem, escreve: "Na verdade não sei escrever cartas sobre viagens, na verdade nem mesmo sei viajar." Termina seu segundo romance, O lustre. Recebe o prêmio Graça Aranha com Perto do coração selvagem, considerado o melhor romance de 1943. Conhece Rubem Braga, então correspondente de guerra do jornal "Diário Carioca".

1945

- Dá assistência a brasileiros feridos na guerra, trabalhando em hospital americano. O pintor italiano Giorgio De Chirico pinta-lhe um retrato. Viaja pela Europa e conhece o poeta Giuseppe Ungaretti. O lustre é publicado no Brasil pela Livraria Agir Editora.

1946

- Após o lançamento do livro, Clarice vem ao Brasil como correio diplomático do Ministério das Relações Exteriores, aqui ficando por quase três meses. Nessa época, apresentado por Rubem Braga, conhece Fernando Sabino que a introduz a Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos e, posteriormente, a Hélio Pellegrino. De volta à Europa, vai morar com a família em Berna, Suíça, para onde seu marido havia sido designado como segundo-secretário. Sua correspondência com amigos brasileiros a mantinha a par das novidades, em especial as trocadas com Fernando Sabino. A troca de cartas com o escritor, quase que diariamente, duraria até janeiro de 1969. A convite, passam as festas de fim de ano com Bluma e Samuel Wainer, em Paris.

1947

- Em carta às irmãs, em janeiro de 47, de Paris, Clarice expõe seu estado de inadaptação:"Tenho visto pessoas demais, falado demais, dito mentiras, tenho sido muito gentil. Quem está se divertindo é uma mulher que eu detesto, uma mulher que não é a irmã de vocês. É qualquer uma."  Em carta a Lúcio Cardoso, que havia lhe enviado seu livro "Anfiteatro", demonstra sua admiração pelas personagens femininas da obra.


1948

- Clarice fica grávida de seu primeiro filho. Para ela, a vida em Berna é de miséria existencial. A Cidade Sitiada, após três anos de trabalho, fica pronto. Terminado o último capítulo, dá à luz. Nasce então um complemento ao método de trabalho. Ela escreve com a máquina no colo, para cuidar do filho. Na crônica "Lembrança de uma fonte, de uma cidade", Clarice afirma que, em Berna, sua vida foi salva por causa do nascimento do filho Pedro, ocorrido em 10/09/1948, e por ter escrito um dos livros "menos gostados" (a editora Agir recusara a publicação).

1949

- Clarice volta ao Rio. Seu marido é removido para a Secretaria de Estado, no Rio de Janeiro. A cidade sitiada é publicado pela editora "A Noite". O livro não obtém grande repercussão entre o público e a crítica.

1950

- Escrevendo contos e convivendo com os amigos (Sabino, Otto, Lúcio e Paulo M. Campos), vê chegar a hora de partir: seguindo os passos de seu marido, retorna à Europa, onde mora por seis meses na cidade de Torquay, Inglaterra.

Sofre um aborto espontâneo em Londres. É atendida pelo vice-cônsul na capital inglesa, João Cabral de Melo Neto.

1951

- A escritora retorna ao Rio de Janeiro, em março. Publica uma seleta com seis contos na coleção "Cadernos de cultura", editada pelo Ministério da Educação e Saúde. Falece sua grande amiga Bluma, ex-esposa de Samuel Wainer.

1952
- Cola grau na faculdade de direito, depois de muitos adiamentos. Volta a trabalhar em jornais, no período de maio a outubro, assinando a página "Entre Mulheres", no jornal "Comício", sob o pseudônimo de "Tereza Quadros". Atendeu a um pedido do amigo Rubem Braga, um dos fundadores do jornal. Nesse setembro, já grávida, embarca para a capital americana onde permanecerá por oito anos. Clarice inicia o esboço do romance A veia no pulso,
que viria a ser A Maçã no Escuro, livro publicado em 1961.

1953

- Em 10 de fevereiro, nasce Paulo, seu segundo filho. Ela continua a escrever A Maçã no Escuro, em meio a conflitos domésticos e interiores. Mãe, Clarice Lispector divide seu tempo entre os filhos, A Maçã no Escuro, os contos de Laços de Família e a literatura infantil. Nos Estados Unidos, Clarice conhece o renomado escritor Erico Veríssimo e sua esposa Mafalda, dos quais torna-se grande amiga. O escritor gaúcho e sua esposa são  escolhidos para padrinhos de Paulo. Não tem sucesso seu projeto de escrever uma crônica semanal para a revista "Manchete". Tem a agradável notícia de que seu romance Perto do coração selvagem seria traduzido para o francês.

 

1954

- É lançada a primeira edição francesa de Perto do coração selvagem, pela Editora Plon, com capa de Henri Matisse, após inúmeras reclamações da escritora sobre erros na tradução. Em julho, com os filhos, viaja para o Brasil, aqui ficando até setembro. De volta aos Estados Unidos, interrompe a elaboração de A maçã no escuro e se dedica, por cinco meses, a escrever seis contos encomendados por Simeão Leal.

1955

- Retorna a escrever o novo romance e contos. Sabino, que leu os seis contos feitos sob encomenda, os acho "obras de arte".

1956

- Termina de escrever A Maçã no Escuro (até então com o titulo de A veia no pulso). Érico Veríssimo e família retornam ao Brasil, não sem antes aceitarem serem os padrinhos de Pedro e Paulo. Entre os escritores, inicia-se uma vasta correspondência. A escritora e filhos vêm passar as férias no Brasil e Clarice aproveita para tentar a publicação de seu novo romance e os novos contos. Apesar de todo o empenho de Fernando Sabino e Rubem Braga, os livros não são editados. A escritora dá sinais de sua indisposição para com o tipo de vida que leva.

1957

- Rompe unilateralmente o contrato com Simeão Leal e autoriza Sabino e Braga a encaminharem seus contos — nessa altura em número de quinze — para serem publicados no "Suplemento Cultural" do jornal "O Estado de São Paulo". Seu casamento vive momentos de tensão.

1958

- Conhece e se torna amiga da pintora Maria Bonomi. É convidada a colaborar com a revista "Senhor", prevista para ser lançada no início do ano seguinte. Erico Verissimo escreve informando estar autorizado a editar seu romance e, também, seus contos pela Editora Globo, de Porto Alegre. 1.000 exemplares — dos mais de 1.700 remanescentes — de "Près du coeur sauvage" são incinerados, por falta de espaço de armazenamento. O casamento de Clarice dá sinais de seu final.

1959

- Separa-se do marido e, em julho, regressa ao Brasil com seus filhos. Seu livro continua inédito. A escritora resolve comprar o apartamento onde está residindo, no bairro do Leme, e, para isso, busca aumentar seus ganhos. Sob o pseudônimo de "Helen Palmer", inicia, em agosto, uma coluna no jornal "Correio da Manhã", intitulada "Correio feminino — Feira de utilidades".

1960

- Publica, finalmente, Laços de Família, seu primeiro livro de contos, pela editora Francisco Alves. Começa a assinar a coluna "Só para Mulheres", como "ghost-writer" da atriz Ilka Soares, no "Diário da Noite", a convite do jornalista Alberto Dines. Assina, com a Francisco Alves, novo contrato para a publicação de A maçã no escuro. Torna-se amiga da escritora Nélida Piñon.

1961

- Publica o romance A maçã no escuro. Recebe o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, por Laços de família.

1962

- Passa a assinar a coluna "Children's Corner", da seção "Sr. & Cia.", onde publica contos e crônicas. Visita, com os filhos, seu ex-marido que se encontra na Polônia. Recebe o prêmio Carmen Dolores Barbosa (oferecido pela senhora paulistana de mesmo nome), por A maçã no escuro, considerado o melhor livro do ano.

1963

- A convite, profere no XI Congresso Bienal do Instituto Internacional de Literatura Ibero-Americana, realizado em Austin - Texas, conferência sobre o tema "Literatura de vanguarda no Brasil. Conhece Gregory Rabassa, mais tarde tradutor para o inglês de A maçã no escuro. A paixão segundo G. H. é escrito em poucos meses, sendo entregue à Editora do Autor, de Sabino e Braga, para publicação. Compra um apartamento em construção no bairro do Leme.

1964

- Publica o livro de contos A legião estrangeira e o romance A Paixão Segundo G. H., ambos pela Editora do Autor. Em dezembro, o juiz profere a sentença que poria fim ao processo de separação de Clarice e Maury.

1965

- Em maio, muda-se para o apartamento comprados em 1963. Sua obra passa a ser vista com outros olhos — pela crítica e pelo público leitor — após A paixão segundo G. H. Resultado de uma seleta de trechos de seus livros, adaptados por Fauzi Arap, é encenada no Teatro Maison de France o espetáculo Perto do coração selvagem, com José Wilker, Glauce Rocha e outros. Dedica-se à educação dos filhos e com a saúde de Pedro, que apresenta um quadro de esquizofrenia, exigindo cuidados especiais. Apesar de traduzida para diversos idiomas e da republicação de diversos livros, a situação financeira de Clarice é muito difícil.

1966

- Na madrugada de 14 de setembro a escritora dorme com um cigarro aceso , provocando um incêndio. Seu quarto ficou totalmente destruído. Com inúmeras queimaduras pelo corpo, passou três dias sob o risco de morte — e dois meses hospitalizada. Quase tem sua mão direita — a mais afetada — amputada pelos médicos. O acidente mudaria em definitivo a vida de Clarice.

1967

- As inúmeras e profundas cicatrizes fazem com que a escritora caia em depressão, apesar de todo o apoio recebido de seus amigos. Não foi só um ano de acontecimentos ruins. Começa a publicar em agosto — a convite de Dines — crônicas no "Jornal do Brasil", trabalho que mantém por seis anos. Lança o livro infantil O mistério do coelho pensante, pela José Álvaro Editor. Em dezembro, passa a integrar o Conselho Consultivo do Instituto Nacional do Livro.

1968

- Em maio, o livro O mistério do coelho pensante é agraciado com a "Ordem do Calunga", concedido pela Campanha Nacional da Criança. Entrevista personalidades para a revista "Manchete" na seção "Diálogos possíveis com Clarice Lispector". Participa da manifestação contra a ditadura militar, em junho, chamada "Passeata dos 100 mil". Morrem seus amigos e escritores Lúcio Cardoso e Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta). É nomeada assistente de administração do Estado. Profere palestras na Universidade Federal de Minas Gerais e na Livraria do Estudante, em Belo Horizonte. Publica A mulher que matou os peixes, outro livro infantil, ilustrado por Carlos Scliar.

1969

- Publica seu "hino ao amor": Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres, pela Editora Sabiá. O romance ganha o prêmio "Golfinho de Ouro", do Museu da Imagem e do Som. Viaja à Bahia onde entrevista para a "Manchete" o escritor Jorge Amado e os artistas Mário Cravo e Genaro. Em 14/08 é aposentada pelo INPS - Instituto Nacional de Previdência Social. Seu filho Paulo, mora nos Estados Unidos desde janeiro, num programa de intercâmbio cultural. Seu irmão Pedro, em tratamento psiquiátrico, esteve internado por um mês, em junho.

1970

- Começa a escrever um novo romance, com o título provisório de Atrás do pensamento: monólogo com a vida. Mais adiante, é chamado Objeto gritante. Foi lançado com o título definitivo de Água viva. Conhece Olga Borelli, de que se tornaria grande amiga.

1971

- Publica a coletânea de contos Felicidade clandestina, volume que inclui O ovo e a galinha, escrito sob o impacto da morte do bandido Mineirinho, assassinado pela polícia com treze tiros, no Rio de Janeiro. Há, também, um conjunto de escritos em que rememora a infância em Recife. Encarrega o professor Alexandre Severino da tradução, para o inglês, de Atrás do pensamento: monólogo com a vida. Dez de seus contos já publicados constam de "Elenco de cronistas modernos", lançado pela Editora Sabiá.

1972

- Retoma a revisão de Atrás do pensamento,
com o qual não estava satisfeita. Faz inúmeras alterações no texto e passa a chamá-lo Objeto gritante. Repensando o romance, procura distrair-se. Durante um mês posa para o pintor  Carlos Scliar, em Cabo Frio (RJ).

1973

- Publica o romance Água viva, após três anos de elaboração, pela Editora Artenova, que lançaria também, nesse ano, A imitação da rosa, quinze contos já publicados anteriormente em outras coletâneas.
Alberto Dines, em carta à escritora, diz sobre Água viva: "[...] É menos um livro-carta e, muito mais, um livro música. Acho que você escreveu uma sinfonia". Viaja à Europa com a amiga Olga Borelli.
Clarice deixa de colaborar com o "Jornal do Brasil", face à demissão de Alberto Dines, no mês de dezembro.

1974

- Para manter seu nível de renda, aumenta sua atividade como tradutora. Verte, entre outros, "O retrato de Dorian Gray", de Oscar Wilde, adaptado para o público juvenil, pela Ediouro. Publica, pela José Olympio Editora, outro livro infantil, A vida íntima de Laura e dois livros de contos, pela Artenova: A via crucis do corpo e Onde estivestes de noite. Uma curiosidade: a primeira edição de Onde estivestes de noite foi recolhida porque foi colocado, erroneamente, um ponto de interrogação no título.
Seu cão, Ulisses, lhe morde o rosto, fazendo com que se submeta a cirurgia plástica reparadora reparadora realizada por seu amigo Dr. Ivo Pitanguy.
Lê, em Brasília (DF), a convite da Fundação Cultural do Distrito Federal, a conferência "Literatura de vanguarda no Brasil", que já apresentara no Texas. Participa, em Cali — Colômbia, do IV Congresso da Nova Narrativa Hispano-americana. Seu filho, Paulo, vai morar sozinho, em um apartamento próximo ao da escritora. Pedro vai morar com o pai, em Montevidéu — Uruguai.

1975

- Tendo como companheira de viagem a amiga Olga Borelli, participa do I Congresso Mundial de Bruxaria, em Bogotá, Colômbia. No dia de sua apresentação sente-se indisposta e pede a alguém que leia o conto O ovo e a galinha, não apresentando a fala sobre a magia que havia preparado para a introdução da leitura. Muito embora minimizada, essa participação tem muito a ver com as palavras ditas por Otto Lara Resende, conhecido escritor, em um bate-papo com José Castello: "Você deve tomar cuidado com Clarice. Não se trata de literatura, mas de bruxaria." Otto se baseava em estudos feitos por Claire Varin, professora de literatura canadense que escreveu dois livros sobre a biografada. Segundo ela, só é possível ler Clarice tomando seu lugar — sendo Clarice.  "Não há outro caminho", ela garante.  Para corroborar sua tese, Claire cita um trecho da crônica A descoberta do mundo, onde a escritora diz: "O personagem leitor é um personagem curioso, estranho. Ao mesmo tempo que inteiramente individual e com reações próprias, é tão terrivelmente ligado ao escritor que na verdade ele, o leitor, é o escritor." Traduz romances, como "Luzes acesas", de Bella Chagall, "A rendeira", de Pascal Lainé, e livros policiais de Agatha Christie. Ao longo da década, faz adaptações de obras de Julio Verne, Edgar Allan Poe, Walter Scott e Jack London e Ibsen. Lança Visão do esplendor, com trabalhos já publicados na coluna "Children's Corner", da revista "Senhor" e também no "Jornal do Brasil". Publica De corpo inteiro, com algumas entrevistas que fizera anteriormente para revistas cariocas.
É muito elogiada quando visita Belo Horizonte, fato que a deixa contrariada. Passa a dedicar-se à pintura. Morre, dia 28 de novembro, seu grande amigo e compadre Erico Verissimo. Reúne trabalhos de Andréa Azulay num volume artesanal ilustrado por Sérgio Mata, intitulado "Meus primeiros contos". Andréa tinha, então, dez anos de idade.


1978

- Três livros póstumos são publicados: o romance Um sopro de vida — Pulsações, pela Nova Fronteira, a partir de fragmentos em parte reunidos por Olga Borelli; o de crônicas  Para não esquecer, e o infantil,  Quase de verdade, em volume autônomo, pela Ática. Para não esquecer é composto de crônicas que haviam sido publicadas na segunda parte do livro A legião estrangeira, em 1964, que compunham a seção "Fundo de Gaveta" do citado livro. A hora da estrela é agraciada com o prêmio Jabuti de "Melhor Romance". A paixão sendo G. H. é publicada na França, com tradução de Claude Farny.

1979

- É publicado A bela e a fera, pela Nova Fronteira, contendo contos publicados esparsamente em jornais e revistas. Estréia, no teatro Ruth Escobar, em São Paulo, Um sopro de vida, baseado em livro de mesmo nome, com adaptação de Marilena Ansaldi e direção de José Possi Neto.

1981

- "Clarice Lispector — Esboço para um retrato", de Olga Borelli, é lançado pela Nova Fronteira.

1984

- Reunindo a quase totalidade de crônicas publicadas no Jornal do Brasil, no período de 1967 a 1973, é lançado "A descoberta do mundo", organização de Paulo Gurgel Valente, filho da autora.
A Éditions des Femmes, da França, lança, em sua coleção "La Bibliotèque des voix", fita cassete com trechos de La passion selon G. H., lidos pela atríz Anouk Aimée.

1985

- A hora da estrela recebe dois prêmios na 36ª edição do Festival de Berlim: da Confederação Internacional de Cineclubes — Cicae, e da Organização Católica Internacional do Cinema e do Audiovisual — Ocic. O longa-metragem de mesmo nome, dirigido por Suzana Amaral, com roteiro de Alfredo Oros também é premiado: Marcélia Cartaxo recebe o Urso de Prata de "Melhor Atriz".


 

Outros acontecimentos

Os 10 anos da morte da escritora são lembrados com diversas homenagens em sua memória. É aberto ao público o conjunto de documentos que viria a constituir o Arquivo Clarice Lispector do Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa de Rui Barbosa - FCRB, no Rio de Janeiro, constituído de documentos doados por Paulo Gurgel Valente.

Em 1990, a Francisco Alves Editora inicia a reedição da obra da escritora. A paixão segundo G. H. é encenada na capital francesa, no teatro Gérard Philippe, em montagem de Alain Neddam. Diane E. Marting, em 1993, publica "Clarice Lispector. A Bio-Bibliography", pela Westport: Greenwood Press, nos Estados Unidos. Em 1996, é lançada a antologia "Os melhores contos de Clarice Lispector", pela editora Global.

Estréia no Rio de Janeiro "Clarice — Coração selvagem", adaptado e dirigido por Maria Lúcia Lima, com Aracy Balabanian, em 1998.

No ano seguinte, "Que mistérios tem Clarice", adaptado por Luiz Arthur Nunes e Mário Piragibe estréia no teatro N. E. X. T.

Fernando Sabino, em 2001, organiza e publica, pela Record, "Cartas perto do coração", contendo correspondência que manteve com a escritora de 1946 a 1969.

A editora Rocco lança, em 2002, "Correspondências — Clarice Lispector", antologia de cartas de e para a escritora, seleção de Teresa Montero.

No aniversário de Clarice, 10/12/2002, a Embaixada do Brasil na Ucrânia e a Prefeitura de Tchetchelnik se associam em homenagem à memória da escritora, inaugurando uma placa com dados biográficos  gravados em russo e em português, que é afixada na entrada da sede da administração municipal.

Em 2004, os manuscritos de A hora da estrela e parte dos livros que pertenciam à biblioteca pessoal de Clarice Lispector são confiadas por Paulo Gurgel Valente à guarda do Instituto Moreira Salles, que lança, em dezembro, edição especial dos "Cadernos de Literatura Brasileira", dedicada à vida e à obra da autora.

Em artigo publicado no jornal "The New York Times", no dia 11/03/2005, a escritora foi descrita como o equivalente de Kafka na literatura latino-americana. A afirmação foi feita por Gregory Rabassa, tradutor para o inglês de Jorge Amado, Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa e de Clarice. No dia 13/01, foi discutido o viés judaico na obra da autora no Centro de História Judaica em Nova York.

O Consulado-Geral do Brasil em Córdoba - Argentina, participou, em 2007, de homenagem, dos alunos do 6º ano do nível médio, à escritora Clarice Lispector. O fato mereceu destaque na página de divulgação de eventos culturais do Ministério das Relações Exteriores. Naquela cidade encontram-se 47 escolas que ensinam a Língua Portuguesa e aspectos da cultura e literatura brasileira. O Consulado-Geral também conta com uma pequena biblioteca, que atende ao público interessado nesses assuntos, embora não haja ali nenhuma obra da citada escritora. No entanto, têm sido publicadas, nos últimos tempos, notas sobre a vida e a obra de Clarice Lispector, na imprensa local.

 
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Pronomes Pessoais

Neste tópico iremos ensinar os pronomes pessoais, os pronomes pessoais são muito importantes no inglês, pois é usado em quase todas as locuções,

já no Português não precisamos usá-los com muita freqüência.

I 

Eu 

You 

Você 

He 

Ele 

She 

Ela 

It 

Ele, Ela (neutro) 

You 

Vocês 

We 

Nós 

They

Eles, Elas 

Obs. É usado como sujeito da frase, sempre antes de um verbo.
O pronome pessoal IT é um pronome neutro utilizado para se referir a objetos, coisas abstratas e animais e pode significar ele ou ela.

Por exemplo, na frase: Jane is smart (Jane é esperta), podemos substituir o nome próprio Jane pelo pronome pessoal She.

Assim, teríamos She is smart. Já na frase : That car is modern (aquele carro é moderno), podemos substituir that car pelo pronome neutro it, assim teríamos It is modern.

Para montar uma frase com o pronome pessoal  "I" deve-se colocar o pronome sempre no começo da frase, após o pronome, segue o verbo conjugado, veja o exemplo abaixo:

To work = Trabalhar; (verbo no infinitivo)
Work – Trabalho (verbo conjugado)

I work = Eu trabalho
You work = Você trabalha

Terceira Pessoa

Os pronomes na terceira pessoa; HE, SHE, IT, possuem uma regra diferente na conjugação do verbo, acrescenta-se o "S" no final do verbo; Veja o exemplo abaixo:

He works = Ele trabalha
She works = Ela trabalha
It works = Isto trabalha, Isso trabalha

Conjugando o verbo TO WORK = Trabalhar

I work = Eu trabalho
You work = Você trabalha
He works = Ele trabalha
She works = Ela trabalha
It works = Isto trabalha
You work = Vocês trabalham
We work = Nós trabalhamos
They work = Eles (a) trabalham
No Inglês é muito fácil conjugar verbos, diferente do Português, que devemos mudar o verbo de acordo com cada pronome pessoal.

Dica:
Somente na TERCEIRA PESSOA você irá colocar o "S" no final do verbo, nos outros pronomes basta apenas conjugá-lo.

Conjugando o verbo TO SPEAK = Falar

I speak = Eu falo
You speak = Você fala
He speaks= Ele fala
She speaks= Ela fala
It speaks = Isto fala
You speak = Vocês falam
We speak = Nós falamos
They speak = Eles (a) falam

Conjugando o verbo TO STUDY = Estudar

I study = Eu estudo
You study = Você estuda
He studies= Ele estuda
She studies= Ela estuda
It studies= Isto estuda
You study = Vocês estudam
We study = Nós estudamos
They study = Eles (a) estudam

Obs
. Os verbos terminados em -y, precedidos de consoante, perdem o -y e recebem –ies

Pronomes Oblíquos

Me 

Mim, comigo 

You 

Você, contigo 

Him 

Ele 

Her 

Ela 

It 

Ele, ela

You 

Vocês 

Us 

Nós, conosco 

Them 

Eles, elas 

Obs. Os pronomes oblíquos são usados como objeto da frase, sempre após o verbo, também usados após preposições.


Adjetivos Possessivos;

My 

Meu, minha 

Your 

Seu, sua, de você 

His 

Dele, seu, sua 

Her 

Dela, seu, sua

Its 

Dele, dela 

Your 

Seus, suas, de vocês 

Our 

Nosso, nossa 

Their 

Deles, delas 


Obs
. Os adjetivos possessivos são usados antes de um substantivo.

Ex:

My car = Meu Carro
Your house = Sua casa

Pronomes Possessivos

Mine 

Meu, minha 

Yours 

Seu, sua, de você

His 

Dele, seu, sua 

Hers 

Dela, seu, sua 

Its 

Deles, delas 

Yours 

Seus, suas, de vocês 

Ours 

Nosso, nossa 

Theirs 

Deles, delas 

Obs. Os pronomes possessivos são usados para substituir um substantivo citado anteriormente ou que esteja subentendido.

(adjetivo possessivos+substantivo. ) Também usado após preposições.

Ex:

This car is mine = Este carro é meu
That house is yours = Aquela casa é a sua


 

Verbos Regulares

Os verbos regulares são aqueles que apresentam na forma passada (que constitui o past simple)

e no particípio (past participle) a terminação - ed. A maioria dos verbos da língua inglesa são regulares.

Assim, você precisará aprender e memorizar a forma passada e o particípio passado somente dos verbos irregulares e, por exclusão, saberá quais são os regulares.


 


 

Importante: Adicione – ed para formar o passado e o particípio;
A mesma forma com – ed é usada para todas as pessoas do discurso:

I worked 

you worked 

he worked 

she worked 

it worked 

we worked 

you worked 

they worked 


 


 

Infinitivo

Passado

Tradução

to decide 

decided 

decidir 

to invite 

invited 

convidar 

to live 

lived 

morar, viver 

to love 

loved 

amar 

to look 

looked 

olhar; observar 

to stay 

stayed 

ficar; permanecer 

to watch 

watched 

assistir 

to work 

worked 

trabalhar 

to want 

wanted 

querer 

to call 

called 

chamar; ligar 

to play 

played 

jogar; tocar 

to walk 

walked 

caminhar; andar 

to like

liked 

gostar; desfrutar 

to clean 

cleaned 

limpar 

to prefer 

prefered 

preferir 

to complete 

completed 

completar 

to talk 

talked 

conversar; falar 

to answer 

answered 

responder 

to ask 

asked 

perguntar 

to dance 

danced 

dançar 

to show 

showed 

exibir; mostrar; expor

to awake 

awaked 

acordar; despertar 

to burn 

burned 

queimar 

to dream 

dreamed 

sonhar 

to learn 

learned 

aprender 

to wake 

waked 

acertar; despertar 

to start 

started 

começar; iniciar 

to finish 

finished 

terminar 

to change 

changed 

mudar 

to move 

moved

mover 


 

Verbos Irregulares

Infinitivo

Passado

Tradução

to be 

was/were 

ser; estar 

to become 

became 

tornar-se 

to begin 

began 

começar; principiar 

to beat 

beat 

bater; derrotar; pulsar 

to break 

broke 

quebrar; interromper 

to bring 

brought 

trazer 

to build

built 

construir 

to buy 

bought 

comprar 

to catch 

caught 

agarrar; apanhar; 

to choose 

chose 

escolher 

to come 

came 

vir; chegar; aproximar-se; 

to cut 

cut 

cortar 

to do 

did 

fazer; executar; efetuar 

to drink 

drank 

beber; embriagar-se 

to drive 

drove 

guiar; impelir 

to eat 

ate 

comer 

to fall 

fell 

cair 

to feed 

fed 

alimentar-se; suprir 

to feel 

felt 

sentir 

to fight 

fought 

lutar; combater 

to find 

found 

achar; encontrar 

to fly 

flew 

voar 

to forget 

forgot 

esquecer(se) 

to get 

got 

ganhar; obter; conseguir;

to give 

gave 

dar; conceder 

to go 

went 

ir 

to grow 

grew 

crescer; cultivar 

to have 

had 

ter; possuir 

to hear 

heard 

ouvir 

to hold 

held 

segurar; manter; conter 

to keep 

kept 

guardar; manter; 

to know 

knew 

saber; conhecer 

to leave 

left 

deixar; sair; abandonar

to let 

let 

deixar; permitir 

to lose 

lost 

perder 

to make 

made 

fazer; produzir; fabricar 

to meet 

met 

encontrar(se) 

to pay 

paid 

pagar 

to put 

put 

pôr; colocar 

to quit 

quit 

deixar; abandonar; desistir 

to read 

read 

ler 

to ride 

rode 

cavalgar; montar; passear

to run 

ran 

correr; administrar

to say 

said 

dizer 

to see 

saw 

ver 

to sell 

sold 

vender 

to send 

sent 

enviar; remeter; expedir 

to sit 

sat 

sentar 

to sleep 

slept 

dormir 

to speak 

spoke 

falar 

to spend 

spent 

passar; gastar; consumir 

to stand 

stood 

ficar de pé; suster; aguentar 

to steal 

stole 

furtar; roubar 

to swim 

swam 

nadar 

to take 

took 

tomar; pegar 

to teach 

taught 

ensinar 

to tell 

told 

dizer; contar 

to think 

thought

pensar; achar 

to understand 

understood 

entender; compreender

to wear 

wore 

usar; vestir 

to win 

won 

ganhar; vencer; obter 

to write 

wrote 

escrever 

Verbo To Be

Verbo To Be

Forma Negativa

Forma Interrogativa

I am (Eu sou, estou) 

I am not 

Am I? 

You are (Você é, está) 

You are not 

Are You? 

He is (Ele é, está) 

He is not 

Is He? 

She is (Ela é, está) 

She is not 

Is she? 

It is (Ele/Ela é, está para coisas ou animais) 

It is not

Is it? 

We are (Nós somos, estamos) 

We are not 

Are we? 

You are (Vocês são, estão) 

You are not 

Are you? 

They are (Eles são, estão) 

They are not 

Are they? 

Confira alguns exemplos:

Afirmativo

You are a student (Você é um estudante).
They are students, too. (Eles são estudantes, também).
We are  Brazilian. (Nós somos brasileiros).
Mr. Smith is in the office. (Sr. Smith está no trabalho).

Negativo

We aren't in Canada now. (Nós não estamos no Canadá agora).
I'm not a teacher. (Eu não sou um professor).

Interrogativo

Are they inteliggent? (Eles são inteligentes?)
Am I Brazilian? (Eu sou brasileiro?)
Who Am I? (Quem sou eu?)

Verbo To be; Passado (past continuos)

Afirmativas

As frases afirmativas no past contínuous são compostas

do sujeito mais o verbo TO BE no passado, seguido do gerúndio do verbo principal. Veja alguns exemplos:

- They were reading (eles estavam lendo)
- I was learning (eu estava aprendendo)

* Lembrete: tabela do verbo TO BE no passado:
I – Was
You – Were
He – Was
She – Was
It – Was
You – Were
We – Were
They – Were

Interrogações

As frases interrogativas do past continuous apenas trocam o sujeito principal com o gerúndio do verbo, como no Presente Contínuo:

- Were they reading? (Eles estavam lendo?)
- Was I learning? (Eu estava aprendendo?)

Negações

Para converter uma frase afirmativa do past continuous para negativa,

basta apenas adicionar o NOT depois do verbo TO BE:

- They were not (weren't) reading (eles não estavam lendo)
- I was not (wasn't) learning (eu não estava aprendendo)

Cores

Red = Vermelho
Green = Verde
Black = Preto
Blue = Azul
Yellow = Amarelo
White = Branco
Gray = Cinza
Orange = Laranja
Pink = Rosa
Beige = Béje
Purple = Roxo
Silver = Prata
Violet = Violeta
Brown = Marrom

Números

De 0 à 10

Zero = zero
um = one
dois = two
três = three
quatro = four
cinco = five
seis = six
sete = seven
oito = eight
nove = nine
dez = ten

De 11 à 20

onze – eleven
doze – twelve
treze – thirteen
quatorze – fourteen
quinze – fifteen
dezesseis – sixteen
dezessete – seventeen
dezoito – eighteen
dezenove – nineteen
vinte – twenty
vinte e um – twenty one
vinte e dois – twenty two
vinte e tres – twenty three
vinte e quarto – twenty four
vinte e cinco – twenty five

As dezenas são sempre terminadas com "ty"

Vinte = twenty
trinta = thirty
quarenta = fourty
cinquenta = fifty
sessenta = sixty
setenta = seventy
oitenta = eighty
noventa = ninety

As centenas são escritas na forma "NÚMERO hundred"

cem – one hundred
duzentos – two hundred
trezentos – three hundred
quatrocentos – four hundred
quinhentos – five hundred

Os milhares funcionam do mesmo modo que as centenas, apenas trocando "hundred" por "thousand".

mil – one thousand
dois mil – two thoudsand
três mil – three thousand
quarto mil – four thousand
cinco mil – five thousand

Para escrever a casa dos milhões, devemos utilizar a palavra "million".

1 milhão – one million
2 milhões – two million
3 milhões – three million
4 milhões – four million
5 milhões – five million

Animais

Cachorro = og
Gato = Cat
Vaca = Cow
Cavalo = Horse
Coelho = Rabbit
Ovelha = Sheep
Leão = Lion
Tigre = Tiger
Elefante = Elephant
Rapoza = Fox
Sapo = Frog
Cobra = Snake
Urso = Bear
Esquilo = Squirrel
Borboleta = Butterfly
Formiga = Ant
Tubarão = Shark
Tatu = Armadillo


 

Expressões mais comuns

Inglês – English
olá – hello
tchau – good-bye
por favor – please
obrigado – thank you
quanto? – how much?
onde? – where?
por que? – why?
não – no
desculpa – sorry
eu não entendo – I don't understand
Você entende? – Do you understand?
eu não falo inglês – I don't speak English
Você fala inglês – Do you speak English?
Tem alguém que fale inglês? – Does anyone here speak English?
Could you speak more slowly? – Você poderia falar mais devagar?
Onde é o banheiro? – Where's the bathroom?
socorro! – help!
Estou com pressa. – I'm in a hurry.
Estou com dor de cabeça. – I've got a headache.
Está com defeito. – It's out of order.
Está com jeito de chuva. – It looks like rain.
Ela está com 15 anos. – She is 15 years old.
Estou de ressaca. – I've got a hangover
Ela está de aniversário. – Today is her birthday.
Estou de férias. – I'm on vacation.
Estou de folga. – It's my day off.
Estou de serviço. – I'm on duty.
Estou de castigo. – I'm grounded.
Estou de saída – I'm leaving.
Estou só de passagem.  I was just passing by.
Estamos de acordo. – We agree.
Estou com pouco dinheiro. – I'm short of money.
Está de cabeça para baixo. – It's upside down.
Está tudo misturado. – It's all mixed up.
Quantos anos você tem? – How old are you?
Você tem certeza? – Are you sure?
Você tem razão. – You are right.
Não tenho medo de cachorro. – I'm not afraid of dogs.
O que é que tem de errado? – What's wrong?
Não tive culpa disso. – It wasn't my fault.
Tivemos sorte. – We were lucky.
Tenha cuidado. – Be careful.
Tenho pena deles (sinto por eles). – I feel sorry for them.
Isto não tem graça. – That's not funny.
Não tenho condições de trabalhar. – I'm not able to work.
Ela tem vergonha de falar inglês. – She's too shy to speak English.
Você tem que ter paciência. – You must be patient.
Ele tem facilidade para línguas. – He's good at languages.
Este quarto tem 3 metros de largura por 4 de comprimento. – This room is 3 meters wide by 4 meters long.

Cumprimentos

Português

Inglês

Oi 

Hi 

Olá 

Hello 

Bom dia 

Good morning 

Boa tarde 

Good afternoon 

Boa noite 

Good evening

Boa noite (ao se despedir) 

Good night 

Como você está? 

How are you? 

Prazer em conhecê-lo 

Nice to meet you 

Adeus 

Good bye, bye 

Até logo 

See you soon 

Até breve 

See you later 

Por Favor 

Please 

Obrigado(a) 

Thank you 

De nada 

You're welcome 

Desculpe, Com licença

Excuse me 

Desculpe 

Sorry 

Parabéns 

Congratulations 

Boa sorte 

Good luck 

Dias da Semana; meses do ano;

dias da semana:


 

Português

Inglês

Segunda-feira

Monday

Terça-feira

Tuesday

Quarta-feira

Wednesday

Quinta-feira

Thursday

Sexta-feira

Friday

Sábado

Saturday

Domingo

Sunday

meses do ano:

Português

Inglês

Janeiro

January

Fevereiro

February

Março

March

Abril

April

Maio

May

Junho

June

Julho

July

Agosto

August

Setembro

September

Outubro

October

Novembro

November

Dezembro

December

unidades de tempo:

Português

Inglês

Segundo

Second

Minuto

Minute

Hora

Hour

Dia

Day

Semana

Week

Mês

Month

Ano

Year


 

Comida;

Pão = Bread
Farinha = Flour
Açúcar = Sugar
Arroz = Rice
Feijão = Bean
Leite = Milk
Queijo = Cheese
Ovo = Egg
sorvete = Ice Cream
Doce = Candy
Maça = Apple
Laranja = Orange
Banana = Banana
Pêra = Pear
Limão = Lemon
Melância = Watermelon
Uva = Grape
Abacaxi = Pineapple
Morango = Strawberry
Abacate = Avocado


 

Falsos Cognatos

Falsos cognatos, são palavras que são escritas de maneira semelhante em dois idiomas,

mas têm significados diferentes. É importante conhecer os principais falsos cognatos para evitar mal-entendidos.

Actually (adv) – na verdade
Adept (n) – especialista, profundo conhecedor
Anticipate (v) – prever; aguardar, ficar na expectativa
Application (n) – inscrição, registro, uso
Appointment (n) – hora marcada, compromisso profissional
Appreciation (n) – gratidão, reconhecimento
Argument (n) – discussão, bate boca
Assist (v) – ajudar, dar suporte
Assume (v) – presumir, aceitar como verdadeiro
Attend (v) – assistir, participar de
Audience (n) – platéia, público
Balcony (n) – sacada
Baton (n) – batuta (música), cacetete
Casualty (n) – baixa (morte fruto de acidente ou guerra), fatalidade
Cigar (n) – charuto
Collar (n) – gola, colarinho, coleira
College (n) – faculdade, ensino de 3º grau
Commodity (n) – artigo, mercadoria
Competition (n) – concorrência
Comprehensive (adj) – abrangente, amplo, extenso
Compromise (v) – entrar em acordo, fazer concessão
Contest (n) – competição, concurso
Costume (n) – fantasia (roupa)
Data (n) – dados (números, informações)
Deception (n) – logro, fraude, o ato de enganar
Defendant (n) – réu, acusado
Design (v, n) – projetar, criar; projeto, estilo
Editor (n) – redator
Educated (adj) – instruído, com alto grau de escolaridade
Emission (n) – descarga (de gases, etc.)
Enroll (v) – inscrever-se, alistar-se, registrar-se
Eventually (adv) – finalmente, conseqüentemente
Exciting (adj) – empolgante
Expert (n) – especialista, perito
Exquisite (adj.) – belo, refinado
Fabric (n) – tecido
Genial (adj) – afável, aprazível
Graduate program (n) – Curso de pós-graduação
Gratuity (n) – gratificação, gorjeta
Grip (v) – agarrar firme
Idiom (n) – expressão idiomática, linguajar
Ingenuity (n) – engenhosidade
Injury (n) – ferimento
Inscription (n) – gravação em relevo (sobre pedra, metal, etc.)
Intend (v) – pretender, ter intenção
Jar (n) – pote
Journal (n) – periódico, revista especializada
Large (adj) – grande, espaçoso
Lecture (n) – palestra, aula
Legend (n) – lenda
Library (n) – biblioteca
Location (n) – localização
Lunch (n) – almoço
Magazine (n) – revista
Mayor (n) – prefeito
Moisture (n) – umidade
Motel (n) – hotel de beira de estrada
Notice (v) – notar, aperceber-se; aviso, comunicação
Novel (n) – romance
Office (n) – escritório
Parents (n) – pais
Particular (adj) – específico, exato
Port (n) – porto
Prejudice (n) – preconceito
Prescribe (v) – receitar
Pretend (v) – fingir
Private (adj) – particular
Procure (v) – conseguir, adquirir
Prospect – perspectiva
Pull (v) – puxar
Push (v) – empurrar
Range (v) – variar, cobrir
Realize (v) – notar, perceber, dar-se conta, conceber uma idéia
Recipient (n) – recebedor, agraciado
Record (v, n) – gravar, disco, gravação, registro
Refrigerant (n) – substância refrigerante usada em aparelhos
Relatives – parentes
Requirement (n) – requisito
Resume (v) – retomar, reiniciar
Résumé (n) – curriculum vitae, currículo
Retired (adj) – aposentado
Senior (n) – idoso
Service (n) – atendimento
Severe (adj) – grave, intenso, acentuado
Stranger (n) – desconhecido
Stupid (adj) – burro
Support (v) – apoiar
Tax (n) – imposto
Trainer (n) – preparador físico
Turn (n, v) – vez, volta, curva; virar, girar
Vegetables (n) – verduras, legumes

Editado por jasinho....

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Texto

No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
 
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